INCLUSÃO DIGITAL
A TECNOLOGIA A FAVOR DAS
PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS
Fonte: Google imagens
No nosso país existe um grande número de pessoas
portadoras de algumas necessidades especiais, é muito comum nos depararmos com
algum deficiente físico ou visual no nosso dia a dia, ate mesmo em casa, ou
algum parente próximo a nos. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 25
milhões de brasileiros são portadores de algum tipo de deficiência, ou seja,
14% da população do país. Sendo que 40% representam o grupo de deficientes
visuais (parcial ou total).
Esses grupos de pessoas muitas vezes enfrentam além do
preconceito da população, dificuldade no dia a dia, para fazer coisas que por
muitos é simples e comum. Seja no ambiente de trabalho ou estudo, nas ruas, e
em diversos outros lugares que por falta de conscientização não presta devidos
cuidados aos portadores de necessidades especiais.
Em todo o mundo há uma forte tendência a disponibilizar
cada vez mais serviços através da internet. Por isso, uma pessoa incluída
digital, como se diz, tende a ganhar em qualidade de vida, na medida em que
ganha tempo fazendo uso da tecnologia, sem falar que a internet e as novas
tecnologias podem ser fontes também de conhecimento.
A inclusão digital resulta em inclusão social, assim como
a exclusão digital resulta também na exclusão social. Nesse sentido,
instituições publicas de educação e ONGs realizam cursos de informática
gratuitos para a população de baixa renda, sobretudo para jovens prestes a
entrar no mercado de trabalho.
Mais esse termo de inclusão vai além. Está relacionado à
questão da acessibilidade. Acessibilidade é a busca para melhorar a qualidade
de vida das pessoas com deficiências, possibilitando as condições de acesso a
todos os lugares, seja físico ou virtual.
Nesse sentido, os programas de inclusão digital buscam
aprimoras e ampliar o acesso às tecnologias aos deficientes. Cada vez mais são
desenvolvidos meios que facilitam a acessibilidade dos deficientes em contato
com a tecnologia digital.
Algumas empresas e pesquisadores busca a inclusão dessas
pessoas no mercado de trabalho, na educação, e no convívio social em geral.
Através de adaptações aos portadores.
O governo brasileiro também teve que tomar providências
para acontecer essa inclusão, no Brasil a lei 93 da legislação de 1991 assegura
que empresas com 100 ou mais funcionários devem ter de dois a cinco por cento
dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de
deficiência. E as instituições organizadoras de concursos públicos devem
destinar 5% das vagas ao grupo. Além também de adaptar os espaços públicos,
como ruas e calçadas, transportes públicos, banheiros, enfim, tudo para
facilitar a ida e vinda de todos.
As universidades brasileiras, também desenvolvem muitos
projetos, procurando tornar a vida dos portadores de necessidades mais fácil.
Possibilitando assim a educação a todos.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) junto com
o ministério da educação desenvolveu um software gratuito MecDaisy, que permite
a transformação de textos escritos para linguagem oral, digitalmente narrados
através de um sintetizador de voz. Ainda oferece a opção de impressão em Braile
e descrição de figuras, gráficos e imagens presentes no texto.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) também
contribuíram com um aparelho capaz de traduzir documentos e paginas da Internet
diretamente para o alfabeto Braile, descartando a necessidade de impressoras
especificas.
Mais foi o músico Stevie Wonder que defendeu a inclusão
dos deficientes visuais na revolução digital. Já que no mundo de hoje a
tecnologia digital esta cada vez mais presente, e indispensável. Já foram
criados diversos aplicativos que ajudassem a inclusão dos deficientes visuais.
O músico e outros defensores da causa declararam no
evento Consumer Electronics Show, que as empresas eletrônicas precisam levar em
consideração as necessidades desse grupo, fabricando aparelhos com interface
mais simples para atender o público em geral.
Algumas empresas se preocuparam em simplificar o manuseio
dos seus produtos a favor dos deficientes visuais. A Toshiba fabricou um aparelho celular
Tactility, que possui o teclado projetado em alto relevo, com algarismos na
linguagem Braile.
A Samsung também já possui um modelo, que foi lançado em
2006, e chegou ate a receber o prêmio no Industrial design Excellence Awardas
(IDEA) no mesmo ano. E já está desenvolvendo seu segundo modelo, o celular
Touch Messenger possui uma tela que possibilita o usuário a escrever e receber
mensagens de texto em Braille através dos 12 botões dispostos no teclado.
O modelo ainda está em fase de desenvolvimento, mais já
podemos conferir imagens do protótipo. Ele oferece praticamente as mesmas
funções do Touch Messenger, com o design semelhante de um controle remoto de
TV.
A inovação fica por conta do sistema “Electric Active
Plastic”, capaz de geras um código em Braille na tela do celular.
Stephen Hawking é o maior exemplo de que a tecnologia
pode ser uma aliada para os portadores de deficiências físicas e motoras.
Considerado um dos mais consagrados físicos teóricos de todo o mundo, Stephen
Hawking convive com uma doença degenerativa, ainda sem cura, chamada esclerose
lateral amiotrófica, que paralisa os músculos do corpo, porém sem atingir as
funções celebrais.
Hawking, que não consegue movimentar voluntariamente sua
musculatura, utiliza um sintetizador de voz para poder se comunicar com as
pessoas, dentre elas seus alunos. Apesar de todas as dificuldades que enfrenta
pelas limitações físicas, o cientista leciona na Universidade de Cambridge,
onde ocupa o posto de professor lucasiano de Matemática, cadeira já pertencente
a Sir Issac Newton.
Izabelle Luiza
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