terça-feira, 15 de agosto de 2017

LUPA ELETRÔNICA, TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO

LUPA ELETRÔNICA, TECNOLOGIA A FAVOR DA INCLUSÃO


Os Doutores da USP pesquisadores da área de oftalmologia e Design apoiados pelo FAPESP (Fundação de amparoa pesquisa de São Paulo) trouxeram uma boa noticia para as pessoas que sofrem de baixa visão ou visão anormal. A Bonavision, empresa fundada pelos Doutores da USP, desenvolveu uma lupa eletrônica. O aparelho consiste em uma lupa que acoplada em uma tela de computador, amplia significativamente o tamanho das letras.
Diferente da lupa manual, a lupa eletrônica corre por um trilho, diminuindo assim o desconforto na hora da leitura. Diminui também o problema que o deficiente encontra ao se situar no trecho da leitura que está fazendo após uma pausa. Outra boa notícia é que o aparelho custa até dez vezes menos que o aparelho importado.
Já no mercado, essa lupa tem beneficiado a vida de muitos estudantes brasileiros.
Escolas públicas foram presenteadas com a lupa eletrônicas já que uma das preocupações da empresa é a inclusão de deficientes visuais: “Desenvolvemos produtos para a leitura porque acreditamos que, no caso das crianças, a leitura está diretamente relacionada à educação, com consequências para toda a vida. Para adultos contribui para melhorar as relações de emprego e trabalho e para idosos é uma importante atividade de lazer e maior atividade cerebral”.

A professora do 5º ano da Escola Estadual Maria de Deus, da cidade Ipatinga, MG, Claudiane Fonseca, tem um aluno em sua turma, transferido de outra escola, que faz uso da lupa eletrônica há seis meses, e declara: “JF melhorou muito depois da lupa eletrônica. Antes reclamava de dor nas costas ao fazer a leitura do conteúdo dado, hoje, já não se queixa mais, está muito contente, seu desempenho em sala de aula melhorou muito, faz leitura com um tempo bem menor do que antes. Em casa já até está lendo livros do Harry Porter (risos), disse que é pra diversão. Seus pais compraram após terem conhecimento da tecnologia.”
Além de Jf, outros dois alunos da escola também fazem uso da lupa eletrônica.
“Gosto de ver meus alunos que antes se sentiam infelizes por não conseguirem acompanhar os colegas tão empolgados com as aulas”, comenta a docente.
Porém o único fator desinteressante da lupa eletrônica é que o tamanho das letras irá responder ao tamanho da tela onde ela é acoplada, portanto, quanto maior a tela, maior a letra.
“Equipamos a sala de aula com uma tela de computador para que os nossos alunos tivessem mais conforto e acessibilidade.As criançasacompanham todas as disciplinas, além de utilizar a lupa eletrônica também na hora de escrever letras,desenhos, números, nada escapa ao olhar de nossos alunos”, diz Claudiane.
A escola atende alunos de 1º ao 5º ano, e virou referência na região por atender crianças com baixa visão na escola, devido ao uso da lupa eletrônica.
“Todas as escolas deveriam tê-la, já que o contato com o mundo letrado é de fundamental importância para o desenvolvimento das crianças no processo da alfabetização”, relata a diretora Vilma de Souza da escola então entrevistada.
Para que o uso da lupa eletrônica aconteça nas escolas ou na residência dos portadores de deficiência visual, é necessário que tenham um computador ou tabletes para o aumento significativo das letras.
“Procuramos parcerias com a população, comerciantes e entidades governamentais para a divulgação dessa tecnologia, porque de nada adianta existir ferramentas tão importantes dentro da inclusão, se quem mais precisa não tem o conhecimento que elas existem”, afirma a professora do 5º ano Claudiane Fonseca.
A estimativa é que pelo menos 300 escolas públicas sejam beneficiadas com a lupa eletrônica até o ano de 2020. 

Érica de Freitas (Pedagogia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário