quinta-feira, 31 de agosto de 2017

“Professora da rede estadual de ensino de Sete Lagoas, usa aplicativo para garantir aprendizagem de alunos deficientes auditivos.”

“Professora da rede estadual de ensino de Sete Lagoas,  usa aplicativo para garantir aprendizagem de alunos deficientes auditivos.”



www.bhlegal.net/blog/ve-libras-software-livre-traduz-fala-e-escrita-para-a-lingua-de-sinais/
A Deficiência auditiva (perda auditiva) é quando a habilidade auditiva da pessoa é reduzida e faz com que a pessoa tenha dificuldade de ouvir diálogos e outros sons. A deficiência auditiva moderada é a incapacidade de ouvir sons com intensidade menor que 50 decibéis e costuma ser compensada com a ajuda de aparelhos e acompanhamento terapêutico. Em graus mais avançados, como na perda auditiva severa e profunda, aparelhos e órteses ajudam parcialmente. Perdas auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total. Quanto mais agudo o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral, por isso a escola deve trabalhar o aprendizado de Libras e da leitura orofacial.

As escolas regulares com alunos com deficiência auditiva, todas tem o benefício de direito a receber um intérprete de Libras e material de apoio para as salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE).  A aquisição da Língua Brasileira de Sinais é essencial para a comunicação com os demais e para o processo de alfabetização inicial. O aprendizado de libras ocorre no contra turno, nas salas de AEE.
http://www.portalsuldabahia.com.br/index.php/ilheus-abre-selecao-simplificada-para-professores-e-interprete-de-libras/
No dia a dia, posturas simples do professor em sala facilitam o aprendizado do aluno surdo, como é o caso da professora de ciências Cleide da Escola Estadual Mário Faccio Gonçalves, na cidade de Sete Lagoas, da disciplina de Ciências que implantou o aplicativo tradutor Libras Sem Fronteiras em seu computador, onde toda a matéria em que ela vai apresentar em sala de aula seja repassada para seus alunos com deficiência auditiva na mesma proporção e qualidade, porém em libras, sendo o aplicativo também inverso, assim o material é todo traduzido em libras, tanto o material apresentado em vídeos como livros. O aplicativo é muito simples de ser utilizado, a matéria é digitalizada normalmente e ao lado é feita toda tradução, no tempo real de digitação. Quando o texto já está pronto, demora apenas alguns segundos a tradução. No caso do texto em libras, a interpretação também é muito rápida. Além de a professora passar para os alunos deficientes auditivos, ela também passa para os outros alunos, ou seja, a interpretação além de incluí-los, também contribui para a alfabetização dos demais alunos. No início, Cleide conta que alguns professores da escola diziam ser desnecessário o uso do aplicativo, umas vez que era direito dos alunos ter um interprete, porém, ela acredita na inclusão com maior facilidade e diz que seus alunos sentem mais próximos dos colegas de classe e que inclusive melhoraram suas notas e o interesse nas aulas. Também fala do incentivo dos colegas que inclusive tinham dificuldades em realizarem trabalhos em grupos com os colegas deficientes auditivos, porque por mais que eles tentavam entender, existia um limite muito grande na comunicação. “Meus alunos uniram mais, embora no início, os alunos que não tem deficiência acharem que era desnecessário para eles uma atividade em que tudo era traduzido em libras ao lado, hoje eles já não sentem mais isso, não existe mais o grupo dos deficientes auditivos, hoje eles formam um grupo só na sala, não existe mais separação, ainda mais porque os alunos hoje têm interesse em libras também”. Ressalta que todos os alunos interagem, estudam juntos, realizam todas as atividades e destacam em todos os trabalhos. Os colegas ainda falam que até a auto-estima dos colegas melhorou, “Até nas reuniões de confraternização eles vão, querem sentar conosco, fazer os trabalhos juntos e até disputam as melhores notas e hoje eles não perdem pra nenhum de nós”, diz a aluna Juliana.

Hoje o aplicativo Libras Sem Fronteiras é usado por todos os professores da escola, mesmo que a sala tenha o interprete. Com esse projeto que não é só de interpretação, mas também de inclusão, Cleide ganhou prêmio de professora destaque em Sete Lagoas e hoje é referência para os demais colegas e continua exercendo seu papel de educadora com muita dedicação. Bem como apresentado acima, à tecnologia aplicada de maneira certa só tem a agregar na educação e evolução de pessoas com deficiência auditiva, agindo como agente favorável e concedendo a inclusão dessas pessoas na sociedade.  

Jaqueline Pereira, Amanda Cecilio

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