sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Tecnologia na inclusão educacional

Tecnologia na inclusão educacional

 Não imaginamos mais o mundo sem os computadores, seja para o trabalho, entretenimento ou educação. A tecnologia no século XXI, tem o papel de propagar a informação instantaneamente, podendo ser bem utilizada dentro das instituições educacionais como um facilitador e até mesmo ferramenta para incluir aqueles que precisam de atendimento especial dentro das instituições de ensino.
 Todo cidadão brasileiro tem direito a educação, incluindo aqueles que precisam de atenção e atendimento especializado devido a determinadas deficiências como: a física, a auditiva, a visual e a intelectual. No Brasil segundo a Agencia Brasil EBC, “dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) revelam que 6,2% da população brasileira manifesta algum tipo de deficiência”, porém nem todas as escolas estão preparadas tecnologicamente para receber com qualidade e eficiência essas pessoas.
 Pensando nesse cenário catastrófico, a professora Maria de Fatima, que atua no ensino básico da cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, aproveitando-se que setenta e oito das cento e duas escolas de ensino público da cidade contavam com computadores e acesso à internet, deu iniciativa ao uso desses eletrônicos para inclusão social dos deficientes da instituição em que trabalha.
  Esses computadores necessitam de programas específicos para atender cada necessidade, a pedido da diretora da escola, foi acrescentado softwares para que os alunos como a Rafaela que tinha dificuldades para realizar suas tarefas em sala conseguissem efetuar suas atividades com mais autonomia sem depender dos outros alunos da classe ou da professora.
 Com o software Virtual Vision, ” que segundo o site oficial www.virtualvision.com.br  foi desenvolvido em 1997 a partir de pesquisas da Micro Power com modelos de processamento de linguagem natural, e que é hoje o único software de leitura de telas desenvolvido nacionalmente capaz de funcionar sobre os aplicativos mais comuns utilizados na maior parte dos computadores. (Utiliza sistema operacional do Windows e reconhece Word, Excel, Internet Explorer, Outlook, MSN, Skype, entre outros) ”, a aluna Rafaela granjeou por seus próprios méritos, simples tarefas do seu cotidiano escolar, como um rudimentar exercício dentro de sala de aula.

Perguntado a aluna, qual a importância maior que essa ferramenta trouxe para a sua vida escolar e social, ela suscitou o seguinte: ” antes por mais que a professora se esforçasse para que não; ela se sentia excluída, e que a partir do software ela deve mais autonomia para com o seu aprendizado, e quanto a vida social a ajudou muito na pesquisa, pois tudo que antes ela tinha vergonha de perguntar, agora está a um clique, além de mais privacidade.

  Interpelada, sobre qual foi a dificuldade encontrada por ela, para que pudesse pôr em prática sua ideia; a professora disse o seguinte: ” que a maior dificuldade para ela foi familiarizar com o software, pois teve que aprender primeiro para depois passar para a Rafaela, e como já estava a bastante tempo afastada das tecnologias teve um pouco de dificuldade. Fora isso não houve grandes turbulências, pois na escola já tinha todas as ferramentas necessárias para que ela pudesse baixar, e instalar o software.

 A diretoria gostou bastante da proposta de inclusão através da tecnologia pela professora Fatima, assim entrou em contato com a secretaria de ensino, que após testes e estudos, comprovaram que no Virtual Vision realmente tudo é muito fácil, a navegação é realizada por meio de um teclado comum e o som é emitido através da placa de som presente no computador. Nenhuma adaptação especial é necessária para que o programa funcione e possibilite a utilização do computador pelas pessoas com deficiência visual.

 Após os testes na interface terem finalizados, resolveram implementar em todas as escolas da cidade de Santa Maria.




Flaviano Silva Maia (História)

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