
Fonte: http://www.ehow.com.br/criancas-autistas-escreverem-como_20568/
A atração de crianças
autistas por dispositivos tecnológicos é frequentemente relatada por pais e
médicos. Nos últimos anos, esse fascínio pelos pesquisadores para o
desenvolvimento de técnicas de ensino mais eficazes tem aumentado, por exemplo,
com o uso de vídeos, PDA’s (espécie de mini-computadores) e realidade virtual.
O espectro autista envolve, além do autismo, a Síndrome de Asperger, Síndrome
de Rett e outros distúrbios caracterizados pelo desenvolvimento deficiente, que
afeta habilidades de fala, e interação social e, em alguns casos, perda das
habilidades motoras.
O uso da tecnologia no
tratamento dos indivíduos com distúrbios do espectro autista é um dos temas de
estudo da psicóloga Linda LeBlanc. A pesquisadora esteve no Brasil para
participar da Escola São Paulo de Ciência Avançada: Avanços na Pesquisa e no
Tratamento do Comportamento Autista, onde falou sobre as vantagens e cuidados
na incorporação da tecnologia em intervenções de comportamento.
Segundo LeBlanc, automatizar
determinadas intervenções utilizando a tecnologia pode aumentar sua precisão e
consistência, o que pode tornar o tratamento mais eficaz, além de reduzir tempo
e custos, “Além disso, a tecnologia nos permite ensinar certos tipos de
habilidades com segurança quando o treinamento ao vivo seria difícil ou
perigoso. Por exemplo, quando ensinamos uma pessoa a atravessar a rua em um
ambiente virtual em vez de no mundo real com automóveis reais” comenta a
pesquisadora.
LeBlanc, no entanto, chama a
atenção para o fato de que somente quando bem utilizada a tecnologia pode
oferecer vantagens no tratamento do comportamento autista. Segundo a psicóloga,
é preciso que a tecnologia possa oferecer vantagens no tratamento do
comportamento autista. Segundo a psicóloga, é preciso que a tecnologia dos
dispositivos eletrônicos permita utilizar também o que há de melhor na
tecnologia que é a aplicação prática do conhecimento. Além desse
questionamento, ela aponta que é preciso fazer mais duas questões: se as
necessidades clínicas coincidem com as vantagens que a tecnologia pode oferecer e se temos o conhecimento
necessário, tanto da tecnologia em si como da tecnologia do tratamento
comportamental. “Se a resposta a todas essas perguntas é sim, definitivamente
devemos usar a tecnologia” afirma.
Para a cientista, os princípios
básicos do comportamento devem ser incorporados na concepção e implementação de
intervenções baseadas na tecnologia, para que elas sejam mais eficazes e não
representem a substituição do esforço humano. “Novas tecnologias são
constantemente desenvolvidas de modo que precisamos constantemente avaliar
novos produtos e estratégias. O importante é verificar quais características da
tecnologia são necessárias para produzir bons efeitos”, diz LeBlanc.
O autismo caracteriza-se por
anomalias comportamentais tais como: limitação ou ausência de comunicação
verbal, falta de interação social e padrões de comportamento restritos, estereotipados
e ritualizados.
O acesso aos recursos
oferecidos pela sociedade, escola, tecnologias, etc., influencia determinantemente
nos processo de aprendizagem da pessoa. Com a utilização de novas tecnologias,
o processo de inclusão de crianças e jovens com deficiência se tornará bem mais
fácil, principalmente aqueles considerados mais “difíceis”, os deficientes
múltiplos, autistas, surdos e com enfermidades graves. Para tanto, faz-se
necessária à transposição de algumas barreiras e processos invisíveis que
favorecem a ignorância, o preconceito, a segregação e o isolamento destes
deficientes.
Fonte: www.dicyt.com
Marize Bretas e Gilmara Menezes
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