quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O USO DA TECNOLOGIA EM PROL DO AUTISMO



Fonte: http://www.ehow.com.br/criancas-autistas-escreverem-como_20568/
A atração de crianças autistas por dispositivos tecnológicos é frequentemente relatada por pais e médicos. Nos últimos anos, esse fascínio pelos pesquisadores para o desenvolvimento de técnicas de ensino mais eficazes tem aumentado, por exemplo, com o uso de vídeos, PDA’s (espécie de mini-computadores) e realidade virtual. O espectro autista envolve, além do autismo, a Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett e outros distúrbios caracterizados pelo desenvolvimento deficiente, que afeta habilidades de fala, e interação social e, em alguns casos, perda das habilidades motoras.
O uso da tecnologia no tratamento dos indivíduos com distúrbios do espectro autista é um dos temas de estudo da psicóloga Linda LeBlanc. A pesquisadora esteve no Brasil para participar da Escola São Paulo de Ciência Avançada: Avanços na Pesquisa e no Tratamento do Comportamento Autista, onde falou sobre as vantagens e cuidados na incorporação da tecnologia em intervenções de comportamento.
Segundo LeBlanc, automatizar determinadas intervenções utilizando a tecnologia pode aumentar sua precisão e consistência, o que pode tornar o tratamento mais eficaz, além de reduzir tempo e custos, “Além disso, a tecnologia nos permite ensinar certos tipos de habilidades com segurança quando o treinamento ao vivo seria difícil ou perigoso. Por exemplo, quando ensinamos uma pessoa a atravessar a rua em um ambiente virtual em vez de no mundo real com automóveis reais” comenta a pesquisadora.

LeBlanc, no entanto, chama a atenção para o fato de que somente quando bem utilizada a tecnologia pode oferecer vantagens no tratamento do comportamento autista. Segundo a psicóloga, é preciso que a tecnologia possa oferecer vantagens no tratamento do comportamento autista. Segundo a psicóloga, é preciso que a tecnologia dos dispositivos eletrônicos permita utilizar também o que há de melhor na tecnologia que é a aplicação prática do conhecimento. Além desse questionamento, ela aponta que é preciso fazer mais duas questões: se as necessidades clínicas coincidem com as vantagens que a tecnologia  pode oferecer e se temos o conhecimento necessário, tanto da tecnologia em si como da tecnologia do tratamento comportamental. “Se a resposta a todas essas perguntas é sim, definitivamente devemos usar a tecnologia” afirma.
Para a cientista, os princípios básicos do comportamento devem ser incorporados na concepção e implementação de intervenções baseadas na tecnologia, para que elas sejam mais eficazes e não representem a substituição do esforço humano. “Novas tecnologias são constantemente desenvolvidas de modo que precisamos constantemente avaliar novos produtos e estratégias. O importante é verificar quais características da tecnologia são necessárias para produzir bons efeitos”, diz LeBlanc.
O autismo caracteriza-se por anomalias comportamentais tais como: limitação ou ausência de comunicação verbal, falta de interação social e padrões de comportamento restritos, estereotipados e ritualizados.
O acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, escola, tecnologias, etc., influencia determinantemente nos processo de aprendizagem da pessoa. Com a utilização de novas tecnologias, o processo de inclusão de crianças e jovens com deficiência se tornará bem mais fácil, principalmente aqueles considerados mais “difíceis”, os deficientes múltiplos, autistas, surdos e com enfermidades graves. Para tanto, faz-se necessária à transposição de algumas barreiras e processos invisíveis que favorecem a ignorância, o preconceito, a segregação e o isolamento destes deficientes.
Fonte: www.dicyt.com


Marize Bretas e Gilmara Menezes

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